A Concelhia de Castelo Branco da
Juventude Socialista reuniu no passado Sábado, dia 9, a sua Comissão Política Concelhia
para discutir a actualidade política e as Eleições Autárquicas. Nesta reunião
contámos com a presença do Presidente da Distrital de Santarém da Juventude
Socialista e Coordenador Autárquico Distrital do Partido Socialista de Santarém,
Hugo Costa.
A
Comissão Política Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista aprovou
também uma posição pública sobre as recentes notícias no que respeita ao cinema
em Castelo Branco.
A
Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista, na sequência do
encerramento das quatro salas de cinema no “Fórum Castelo Branco” que resultou
na retirada da nossa cidade do circuito de cinema comercial, vem tornar público
o seguinte:
A
decisão da “SOCORAMA Castello Lopes” de optar pelo encerramento das quatro
salas de cinema que se encontravam instaladas no “Fórum Castelo Branco”
constitui um claro sinal negativo para a cidade de Castelo Branco, bem como
para a restante região. Este acontecimento apenas vem reforçar e dar razão à
preocupação que a nossa estrutura tem assinalado e manifestado em diversas
ocasiões, no que toca à situação de emergência e de perigo em que se encontra o
Interior de Portugal.
Não
obstante esta decisão por parte da “SOCORAMA”, a Câmara Municipal de Castelo
Branco já veio assegurar que a cidade não irá ficar sem oferta de cinema de
natureza comercial, pelo contrário, a oferta cultural realizada através do projecto
“Cultura Vibra” irá ser reforçada, assim, a par da exibição de cinema de cariz
alternativo, acrescerá a oferta de cinema do circuito comercial.
Face a esta postura por
parte da Câmara Municipal, a Concelhia de Castelo Branco da Juventude
Socialista aplaude esta decisão do executivo camarário, congratulando-se por este,
mostrar, uma vez mais, nas suas opções de políticas públicas autárquicas, a
grande linha que separa uma política de direita de uma política de esquerda.
Enquanto que para uma política autárquica de direita as opções dos operadores
privados, mesmo que num sector como a Cultura, são o resultado do puro jogo das
forças do mercado, deixando os interesses culturais dos cidadãos ao sabor da
“mão invisível”, isto é, à sua sorte; para uma política autárquica de esquerda,
face a uma opção de uma entidade privada, o poder público assume uma posição
activa, garantindo que, mesmo que os privados abandonem ou se desinteressem da
oferta cultural num dado espaço geográfico, ele próprio assegura, para além do
jogo da oferta e da procura, que os seus cidadãos não ficam órfãos de oferta
cultural.
Deste modo, é
precisamente por exemplos concretos como este que a Juventude Socialista se
afirma, e se orgulha de ser, apologista de um tipo de Estado capaz de, onde
quer que os privados falhem, assegurar que os cidadãos não ficam sem as
condições necessárias a uma vida com o mínimo de bem-estar. E é justamente
neste momento, em que o governo provoca uma crise económica e social sem
precedentes nas últimas décadas, que exemplos destes merecem o nosso destaque
para que, nos importantes debates que o governo diz querer fazer, não fiquem
ausentes todas as situações em que o Estado é de facto o último garante ao
serviço dos Cidadãos e da República.