quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Comissão Política Concelhia de 9 de Fevereiro de 2013

A Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista reuniu no passado Sábado, dia 9, a sua Comissão Política Concelhia para discutir a actualidade política e as Eleições Autárquicas. Nesta reunião contámos com a presença do Presidente da Distrital de Santarém da Juventude Socialista e Coordenador Autárquico Distrital do Partido Socialista de Santarém, Hugo Costa.
A Comissão Política Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista aprovou também uma posição pública sobre as recentes notícias no que respeita ao cinema em Castelo Branco.

            A Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista, na sequência do encerramento das quatro salas de cinema no “Fórum Castelo Branco” que resultou na retirada da nossa cidade do circuito de cinema comercial, vem tornar público o seguinte:
            A decisão da “SOCORAMA Castello Lopes” de optar pelo encerramento das quatro salas de cinema que se encontravam instaladas no “Fórum Castelo Branco” constitui um claro sinal negativo para a cidade de Castelo Branco, bem como para a restante região. Este acontecimento apenas vem reforçar e dar razão à preocupação que a nossa estrutura tem assinalado e manifestado em diversas ocasiões, no que toca à situação de emergência e de perigo em que se encontra o Interior de Portugal.
            Não obstante esta decisão por parte da “SOCORAMA”, a Câmara Municipal de Castelo Branco já veio assegurar que a cidade não irá ficar sem oferta de cinema de natureza comercial, pelo contrário, a oferta cultural realizada através do projecto “Cultura Vibra” irá ser reforçada, assim, a par da exibição de cinema de cariz alternativo, acrescerá a oferta de cinema do circuito comercial.
Face a esta postura por parte da Câmara Municipal, a Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista aplaude esta decisão do executivo camarário, congratulando-se por este, mostrar, uma vez mais, nas suas opções de políticas públicas autárquicas, a grande linha que separa uma política de direita de uma política de esquerda. Enquanto que para uma política autárquica de direita as opções dos operadores privados, mesmo que num sector como a Cultura, são o resultado do puro jogo das forças do mercado, deixando os interesses culturais dos cidadãos ao sabor da “mão invisível”, isto é, à sua sorte; para uma política autárquica de esquerda, face a uma opção de uma entidade privada, o poder público assume uma posição activa, garantindo que, mesmo que os privados abandonem ou se desinteressem da oferta cultural num dado espaço geográfico, ele próprio assegura, para além do jogo da oferta e da procura, que os seus cidadãos não ficam órfãos de oferta cultural.
Deste modo, é precisamente por exemplos concretos como este que a Juventude Socialista se afirma, e se orgulha de ser, apologista de um tipo de Estado capaz de, onde quer que os privados falhem, assegurar que os cidadãos não ficam sem as condições necessárias a uma vida com o mínimo de bem-estar. E é justamente neste momento, em que o governo provoca uma crise económica e social sem precedentes nas últimas décadas, que exemplos destes merecem o nosso destaque para que, nos importantes debates que o governo diz querer fazer, não fiquem ausentes todas as situações em que o Estado é de facto o último garante ao serviço dos Cidadãos e da República.