A Concelhia de
Castelo Branco da Juventude Socialista não pode deixar de expressar a sua
profunda preocupação pelas recentes notícias que dão conta de várias situações
claramente prejudiciais ao Interior e em particular ao nosso Concelho.
A situação de
indefinição em relação ao Call Center da Segurança Social em Castelo Branco, com
a possibilidade noticiada de perda de postos de trabalho, em muito vem aumentar
o espectro já alarmante do desemprego no nosso Concelho.
Não se
consegue compreender a irresponsabilidade do Instituto da Segurança Social,
I.P. em todo este processo, principalmente tendo em conta que ele não só põe em
causa um serviço infelizmente cada vez mais necessário aos cidadãos da
República, como ameaça centenas de postos de trabalho numa zona já muito
afectada por várias medidas que têm sido tomadas.
Apelamos a
todos os Partidos e agentes da sociedade civil do nosso Concelho para que se
unam no combate pela manutenção do Call Center tendo em conta que mais do que
uma questão partidária esta é uma questão fundamental para Castelo Branco e de
sobrevivência para muitas pessoas.
Assinalamos
também que no contexto de elevado desemprego e poucas oportunidades, ao
contrário do que o Governo parece acreditar, este serviço continua a dar
emprego a muitos jovens que de outra forma veriam adiada a sua entrada no
mercado de trabalho e a sua autonomia.
Não podemos
também deixar de referir que esta notícia não surge isolada mas sim acompanhada
de outras que só podem preocupar os Albicastrenses.
No passado mês
de Maio efectivou-se a reestruturação dos organismos de Juventude e Desporto
que ditou a saída da Delegação Regional do IPJ de Castelo Branco o que será sem
alguma dúvida um duro golpe não só para as políticas de juventude como para
todo o associativismo no nosso Concelho mas também certamente em todo o
Distrito.
Foi também
veiculada a possibilidade, sugerida num estudo encomendado pelo Governo, do
encerramento do bloco de partos do Hospital Amato Lusitano. Esta notícia é
altamente preocupante uma vez que é conhecida a estratégia desta maioria de
tentar encontrar razões supostamente técnicas para decisões que não podem
deixar de ser eminentemente políticas.
A decisão de
manutenção ou não de um bloco de partos numa cidade do interior de média
dimensão não pode deixar de ser vista como uma decisão política. Uma decisão
política que demonstra a aposta, ou ausência dela, que o estado faz na promoção
das cidades de média dimensão do interior.
Os serviços
não devem existir só onde eles sejam claramente justificados pelas necessidades
actuais. A criação ou continuação de um serviço Público demonstra também uma
aposta política em criar condições de fixação e de desenvolvimento que dê um
sinal claro que esses serviços estarão disponíveis para os que decidirem
residir nessas localidades.
Assim um
eventual encerramento do bloco de partos em castelo Branco
significa que o Governo da República decide politicamente desistir de Castelo
Branco, da sua sustentabilidade e do seu desenvolvimento.
Temos também
notícias da vergonhosa possibilidade do fim das isenções para residentes nas
portagens da A23 que muito virão agravar o isolamento já imposto pela
introdução de portagens nesta via.
Ora tudo isto
representará a continuação, passo a passo, do desmantelamento de todas as
políticas existentes de combate à interioridade, deixando as populações do
interior, e do nosso Concelho em particular, entregues à sua sorte parecendo
indicar a todos os que cá vivem a porta de saída do interior como passo
intermédio à porta de saída do país como parece ser objectivo deste Governo.