quinta-feira, 21 de junho de 2012

Comunicado da Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista sobre a actualidade Política


A Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista não pode deixar de expressar a sua profunda preocupação pelas recentes notícias que dão conta de várias situações claramente prejudiciais ao Interior e em particular ao nosso Concelho.

A situação de indefinição em relação ao Call Center da Segurança Social em Castelo Branco, com a possibilidade noticiada de perda de postos de trabalho, em muito vem aumentar o espectro já alarmante do desemprego no nosso Concelho.
Não se consegue compreender a irresponsabilidade do Instituto da Segurança Social, I.P. em todo este processo, principalmente tendo em conta que ele não só põe em causa um serviço infelizmente cada vez mais necessário aos cidadãos da República, como ameaça centenas de postos de trabalho numa zona já muito afectada por várias medidas que têm sido tomadas.
Apelamos a todos os Partidos e agentes da sociedade civil do nosso Concelho para que se unam no combate pela manutenção do Call Center tendo em conta que mais do que uma questão partidária esta é uma questão fundamental para Castelo Branco e de sobrevivência para muitas pessoas.
Assinalamos também que no contexto de elevado desemprego e poucas oportunidades, ao contrário do que o Governo parece acreditar, este serviço continua a dar emprego a muitos jovens que de outra forma veriam adiada a sua entrada no mercado de trabalho e a sua autonomia.

Não podemos também deixar de referir que esta notícia não surge isolada mas sim acompanhada de outras que só podem preocupar os Albicastrenses.

No passado mês de Maio efectivou-se a reestruturação dos organismos de Juventude e Desporto que ditou a saída da Delegação Regional do IPJ de Castelo Branco o que será sem alguma dúvida um duro golpe não só para as políticas de juventude como para todo o associativismo no nosso Concelho mas também certamente em todo o Distrito.

Foi também veiculada a possibilidade, sugerida num estudo encomendado pelo Governo, do encerramento do bloco de partos do Hospital Amato Lusitano. Esta notícia é altamente preocupante uma vez que é conhecida a estratégia desta maioria de tentar encontrar razões supostamente técnicas para decisões que não podem deixar de ser eminentemente políticas.
A decisão de manutenção ou não de um bloco de partos numa cidade do interior de média dimensão não pode deixar de ser vista como uma decisão política. Uma decisão política que demonstra a aposta, ou ausência dela, que o estado faz na promoção das cidades de média dimensão do interior.
Os serviços não devem existir só onde eles sejam claramente justificados pelas necessidades actuais. A criação ou continuação de um serviço Público demonstra também uma aposta política em criar condições de fixação e de desenvolvimento que dê um sinal claro que esses serviços estarão disponíveis para os que decidirem residir nessas localidades.
Assim um eventual encerramento do bloco de partos em castelo Branco significa que o Governo da República decide politicamente desistir de Castelo Branco, da sua sustentabilidade e do seu desenvolvimento.

Temos também notícias da vergonhosa possibilidade do fim das isenções para residentes nas portagens da A23 que muito virão agravar o isolamento já imposto pela introdução de portagens nesta via.

Ora tudo isto representará a continuação, passo a passo, do desmantelamento de todas as políticas existentes de combate à interioridade, deixando as populações do interior, e do nosso Concelho em particular, entregues à sua sorte parecendo indicar a todos os que cá vivem a porta de saída do interior como passo intermédio à porta de saída do país como parece ser objectivo deste Governo.