terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Comunicado da Federação Distrital de Castelo Branco da JS Relativo às SCUT

A Federação Distrital de Castelo Branco da Juventude Socialista continua, como no passado, a ser frontalmente contra a introdução de portagens na A23. Esta via é estrutural para o desenvolvimento da região e esta introdução de portagens muito vem agravar as condições de competitividade do nosso distrito.

As empresas e as populações do interior carecem neste momento de um fôlego que lhes permita evitar um possível drama social e económico em consequência da crise que este governo parece pretender agravar.

As populações do interior sofrem já inúmeras desvantagens em termos de desenvolvimento e acesso a equipamentos em relação ao litoral que precisam de ser atenuadas e não agravadas.
A criação da A23, e a sua gratuitidade, foram um investimento pela minimização dessas desvantagens, numa visão de país que só pode desenvolver-se em harmonia inter-regional. Esta visão foi uma das marcas dos governos do Partido Socialista. Com a introdução de portagens na A23, já no próximo dia 8, é oficialmente decretado pelo PSD e CDS o fim de qualquer projecto de solidariedade inter-regional em Portugal.
Não podemos, enquanto socialistas mas acima de tudo enquanto jovens do interior, resignar-nos perante a vontade da maioria de apostar não em combater, mas em fomentar a desertificação de todo o interior do país. Esta decisão é mais uma na já longa lista, em tão curto espaço de tempo, de medidas de ataque ao interior que o PSD e o CDS têm promovido.

Salientamos ainda que o Presidente da República não deu atenção às inúmeras solicitações provenientes das populações dos distritos afectados. É ainda mais incompreensível os apelos ao povoamento rural por parte do Presidente da República precisamente no dia seguinte à promulgação da introdução de portagens nas SCUT.

Entendemos que o Governo consegue com a introdução das portagens fazer recuar o interior 20 anos. Parece assim ser objectivo deste Governo fazer o país regressar àquilo que era antes da entrada na União Europeia não só no nível de vida mas também no nível de desigualdade territorial.