A Concelhia da Juventude Socialista de Castelo Branco, em resposta às recentes declarações da JSD a propósito do desinvestimento na Linha da Beira Baixa, entende tornar público o seguinte:
A posição veiculada pela JSD de que o investimento na melhoria e electrificação da linha terá sido ineficiente não faz sentido, uma vez que a actual linha já permitiria velocidades mais elevadas que as praticadas caso se utilizasse outro tipo de equipamento. Isto comprova-se pelo facto de os Intercidades, utilizando estas automotoras, não terem sido capazes de cumprir os horários – facto apurado e divulgado, designadamente, pelo Jornal I.
Lamentamos que a JSD se pronuncie desta forma relativamente a um investimento muito necessário num distrito do interior, como é o nosso, contra aquele que é o interesse dos jovens e das populações em geral, assumindo assim uma posição mais extremista até que o próprio PSD, nomeadamente que o deputado Carlos São Martinho, que garante que as automotoras são provisórias.
É caso para dizer que são “mais Passistas do que Passos”.
Esta posição é ainda mais incompreensível, tendo em conta que o transporte ferroviário eléctrico é dos mais sustentáveis em termos energéticos, sendo encarado em todo o mundo como um transporte de futuro.
A JSD assume-se, assim, não como um porta-voz dos jovens junto do PSD e do Governo, mas como um porta-voz do Governo no Concelho de Castelo Branco.
Este desinvestimento na linha da Beira Baixa, somado à introdução de portagens na A23 aponta, então, um único sentido para as populações nesta região: o sentido de saída.
Todo este desinvestimento insere-se na estratégia geral do Governo de destruição do serviço público de transportes, que muito afecta os jovens e que tem contribuído para os mais de 6000 estudantes que já abandonaram o Ensino Superior este ano.